Jornal AHORA


Terça 08/07/2025 12:45:29

 

Ex-contadora de Youssef confessa ter emitido R$ 7 milhões em notas frias

Meire Poza prestou depoimento nesta quarta à CPMI da Petrobras

Da Redação / com agências - Wilson Dias / Abr

09/10/2014 00:00


Ex-contadora de Youssef, Meire Poza

<p><span style="color:#666666;"><span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 30px;">Meire Poza, ex-contadora do doleiro Alberto Youssef, preso na Opera&ccedil;&atilde;o Lava Jato da Pol&iacute;cia Federal (PF), confirmou nesta quarta-feira (8) ter emitido R$ 7 milh&otilde;es em notas fiscais frias enquanto trabalhou com ele. Segundo ela, por&eacute;m, nenhuma das empresas para as quais trabalhava prestou servi&ccedil;os para a Petrobras, durante depoimento &agrave; Comiss&atilde;o Parlamentar Mista de Inqu&eacute;rito (CPMI) que investiga irregularidades na estatal.</span></span></p>

<p><span style="color:#666666;"><span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 30px;">&ldquo;Emiti R$ 7 milh&otilde;es em notas frias. Tenho uma empresa de contabilidade e a exce&ccedil;&atilde;o foram essas notas&rdquo;, disse Meire Poza.</span></span></p>

<p><span style="color:#666666;"><span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 30px;">A contadora informou ter recebido 3,5% de comiss&atilde;o para a emiss&atilde;o das notas por sua empresa de contabilidade, Arbor Consultoria e Assessoria Cont&aacute;bil, para os neg&oacute;cios do doleiro. &ldquo;Recebia 7% nas comiss&otilde;es com as notas frias. Na verdade, eram 3,5% porque dividia os recursos com o Enivaldo Quadrado [s&oacute;cio das empresas de Youssef e condenado no processo do mensal&atilde;o por lavagem de dinheiro]&rdquo;, afirmou. O valor chegaria a R$ 245 mil.</span></span></p>

<p><span style="color:#666666;"><span style="font-size:18px;"><strong><span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 30px;">R&eacute; confessa</span></strong></span></span></p>

<hr /><script async src="//pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js"></script><!--quadrado-mat --><ins class="adsbygoogle" style="display:inline-block;width:250px;height:250px; margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 22px; padding: 7px 17px 17px; float: left" data-ad-client="ca-pub-3782872251243700" data-ad-slot="9222754801"></ins><script>(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});</script><hr />

<p><span style="color:#666666;"><span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 30px;">O l&iacute;der do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ), declarou que vai pedir a quebra dos sigilos banc&aacute;rio e fiscal da contadora, por ela ser parte do esquema comandado por Youssef. &ldquo;Se &eacute; r&eacute; confessa de R$ 7 milh&otilde;es de nota fria, n&atilde;o pode ser tratada como colaboradora&rdquo;, declarou. Cunha defende que ela seja reconvocada como investigada.</span></span></p>

<p><span style="color:#666666;"><span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 30px;">J&aacute; o l&iacute;der do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), sustentou que Meire Poza n&atilde;o poderia ser intimidada na CPMI da Petrobras e que o depoimento dela &eacute; muito importante para esclarecer os desvios de dinheiro na estatal.</span></span></p>

<p><span style="color:#666666;"><span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 30px;">Segundo o relator da comiss&atilde;o, deputado Marco Maia (PT-RS), a participa&ccedil;&atilde;o de Poza n&atilde;o &eacute; de apenas uma contadora, mas de participante da organiza&ccedil;&atilde;o. &ldquo;Muita coisa passou pela m&atilde;o dela. Ela fazia pagamentos, tomava empr&eacute;stimos. Com a mesma rapidez que ela prestou as informa&ccedil;&otilde;es, vai se tornar r&eacute;u tamb&eacute;m.&rdquo;</span></span></p>

<p><span style="color:#666666;"><span style="font-size:18px;"><strong><span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 30px;">Petrobras</span></strong></span></span></p>

<p><span style="color:#666666;"><span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 30px;">Poza negou que as empresas de Youssef para as quais prestava servi&ccedil;os tinham contratos diretos com empresas p&uacute;blicas, como a Petrobras. &ldquo;Tinham rela&ccedil;&atilde;o com empreiteiras e n&atilde;o com empresas p&uacute;blicas. Mendes J&uacute;nior, Sanko Sider, Engevix, Paranasa, principalmente essas&rdquo;, explicou.</span></span></p>

<p><span style="color:#666666;"><span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 30px;">Segundo a contadora, a Arbor Consultoria e Assessoria Cont&aacute;bil prestou servi&ccedil;o para algumas empresas de Youssef como a GFD, holding que administra hot&eacute;is (Aparecida, Porto Seguro e Salvador) e o site webhoteis; Malga Engenharia; Gra&ccedil;a Aranha, holding do grupo Marsans (operadora de turismo com 37 lojas).</span></span></p>

<p><span style="color:#666666;"><span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 30px;">O sal&aacute;rio de Meire Poza seria de R$ 15 mil reais mensais para atender a todas as corpora&ccedil;&otilde;es de Youssef. Ela conheceu o doleiro a partir de Enivaldo Quadrado, condenado no processo do mensal&atilde;o e que cumpre pena alternativa. &ldquo;Alberto Youssef s&oacute; o conheci em setembro de 2012. A informa&ccedil;&atilde;o que eu tive era de que a GFD era de um grupo estrangeiro&rdquo;, disse.</span></span></p>

<p><span style="color:#666666;"><span style="font-size:22px;"><strong><span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 30px;">Meire Poza confirma informa&ccedil;&otilde;es vazadas de depoimento &agrave; Pol&iacute;cia Federal</span></strong></span></span></p>

<p><span style="color:#666666;"><span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 30px;">Informa&ccedil;&otilde;es divulgadas pela imprensa do depoimento de Meire Poza, ex-contadora do doleiro Alberto Youssef, &agrave; Pol&iacute;cia Federal (PF) foram confirmadas durante depoimento &agrave; Comiss&atilde;o Parlamentar Mista de Inqu&eacute;rito (CPMI) da Petrobras nesta quarta-feira (8).</span></span></p>

<p><span style="color:#666666;"><span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 30px;">Uma delas seria de que o doleiro Alberto Youssef j&aacute; teria acertado R$ 25 milh&otilde;es da parte prometida pelo PT para saldar d&iacute;vidas de uma empresa dele, a operadora de turismo Marsans, segundo Poza. O dinheiro viria do Postalis, o fundo de pens&atilde;o dos Correios, por meio de acordo entre PT e PMDB.</span></span></p>

<p><span style="color:#666666;"><span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 30px;">&ldquo;A pessoa do Postalis nomeada pelo PT j&aacute; havia resolvido [o acordo] e faltava a ponta do PMDB&rdquo;, disse a contadora. Ela acrescentou que a afirma&ccedil;&atilde;o de Youssef foi feita em mar&ccedil;o deste ano, pouco antes de ser preso. Youssef teria vindo a Bras&iacute;lia para negociar com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).</span></span></p>

<p><span style="color:#666666;"><span style="font-size:18px;"><strong><span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 30px;">Empr&eacute;stimo</span></strong></span></span></p>

<p><span style="color:#666666;"><span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 30px;">A empresa de Poza tamb&eacute;m intermediou o empr&eacute;stimo de R$ 4 milh&otilde;es de Youssef com o banco Stock M&aacute;xima para pagar sal&aacute;rios atrasados de funcion&aacute;rios da Marsans. &ldquo;Os R$ 4 milh&otilde;es eram algo urgente&rdquo;, frisou Poza. Segundo ela, nem a operadora de turismo pagou o que devia a Poza nem ela quitou a d&iacute;vida com o banco. A contadora tamb&eacute;m declarou que n&atilde;o foi acionada pelo banco para quitar suas d&iacute;vidas.</span></span></p>

<p><span style="color:#666666;"><span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 30px;">O Tribunal de Justi&ccedil;a do Rio de Janeiro decretou em 16 de setembro a fal&ecirc;ncia do Grupo Marsans, operadora de turismo que fechou as portas em junho e deixou cerca de 4,5 mil clientes na m&atilde;o. A decis&atilde;o foi tomada porque a companhia n&atilde;o apresentou o plano de recupera&ccedil;&atilde;o judicial no prazo previsto. As d&iacute;vidas da corpora&ccedil;&atilde;o est&atilde;o estimadas em R$ 57 milh&otilde;es.</span></span></p>

<p><span style="color:#666666;"><span style="font-size:18px;"><strong><span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 30px;">Parlamentares</span></strong></span></span></p>

<p><span style="color:#666666;"><span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 30px;">Poza tamb&eacute;m falou do relacionamento de Youssef com parlamentares. Segundo ela, o deputado Luiz Arg&ocirc;lo (SD-BA) recebeu de presente do doleiro Alberto Youssef um helic&oacute;ptero no valor de R$ 800 mil.</span></span></p>

<p><span style="color:#666666;"><span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 30px;">&ldquo;Est&aacute; em nome da GFD. Foi adquirido de uma empresa chamada Cardiom&eacute;dica. O deputado utilizava o helic&oacute;ptero. N&atilde;o foi transferida a titularidade&rdquo;, afirmou. A informa&ccedil;&atilde;o tinha sido dada em setembro pelo advogado Carlos Alberto Pereira da Costa &agrave; Justi&ccedil;a, em um acordo.</span></span></p>

<p><span style="color:#666666;"><span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 30px;">Em agosto, Meire esteve no Conselho de &Eacute;tica da C&acirc;mara, onde disse que Arg&ocirc;lo recebeu dinheiro do doleiro e que os dois mantinham &ldquo;neg&oacute;cios il&iacute;citos&rdquo;.</span></span></p>

<p><span style="color:#666666;"><span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 30px;">A contadora informou ainda que fez pagamentos para familiares de parlamentares. &ldquo;Fiz pagamento ao deputado Andr&eacute; Vargas (PT-PR), que depois eu soube que era do jatinho [emprestado pelo Youssef para uma viagem ao Nordeste]; para familiares do Luiz Arg&ocirc;lo; e outras opera&ccedil;&otilde;es que eu n&atilde;o sei quem s&atilde;o as pessoas&rdquo;, apontou. A lista com os nomes de cidad&atilde;os a quem Poza transferiu dinheiro a pedido de Youssef foi apreendida pela Pol&iacute;cia Federal durante a opera&ccedil;&atilde;o Lava Jato.</span></span></p>

<hr /><script async src="//pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js"></script><!--quadrado-mat --><ins class="adsbygoogle" style="display:inline-block;width:250px;height:250px; margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 22px; padding: 7px 17px 17px; float: left" data-ad-client="ca-pub-3782872251243700" data-ad-slot="9222754801"></ins><script>(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});</script><hr />

Vídeo